O Comentário de afs

FC Porto 5 – Penafiel 1 (sub-19)

Vitória tranquila

FC Porto:

Ruca,

Ivo, Roberto, Ramon e Massari

Alves, Galeão e Josué

Chula, Claro e Viana

1ª parte: a equipa da casa apresentou-se no seu habitual 4x3x3 mas com nuances em processo ofensivo para o 3x4x3 e mesmo 3x3x4. Os primeiros minutos revelaram um adversário atrevido, a conquistarem uns 3 ou 4 cantos nos primeiros minutos. O Ramon era o pivot no esquema táctico e sempre que em posse de bola, subia para a posição 6, fazendo com que o Galeão jogasse mais próximo do Claro e que o Josue gozasse de maior liberdade para pensar o jogo. As jogadas de perigo e as oportunidades de golo foram acontecendo e o golo tardava muito por culpa do redes adversário, com 3 ou 4 intervenções de grande qualidade. Até que num livre à entrada da área, um pouco descaído para a direita, bem ao jeito do pé esquerdo do Josué, este converte superiormente com a bola a sobrevoar a barreira e a entrar ao ângulo. O segundo golo surge numa transição rápida após uma recuperação de bola, em que o Galeão num passe de ruptura isola o Viana este permite outra boa intervenção do redes e na sobra, o mesmo Galeão faz o 2-0. O 3º golo surge na conversão de uma grande penalidade, em que Claro bem servido com um misto de sorte e mérito desenvencilhasse de 2 adversários e sofre falta para pénalti que dita a expulsão do redes. O mesmo Claro converte o castigo máximo. Se contra 11 o jogo teve praticamente sentido único (com excepção dos minutos iniciais), contra 10 o jogo tornou-se menos intenso, e por isso bem menos interessante. Até ao intervalo registou-se o golo do Penafiel com o adversário a romper sem oposição no miolo do terreno e sem ninguém contar saca um pontapé do meio da rua com o pé esquerdo que surpreendeu o próprio Ruca. Estava feito o resultado até ao intervalo.

2ª parte: o segundo tempo começou com a mesma toada, com os da casa a dominar claramente sem carregar muito e foi com naturalidade que se chegou ao 4º golo, por Alves, após boa iniciativa individual e depois do próprio ter rematado ao poste e aproveitado a recarga para fuzilar a baliza adversária. Depois vieram as substituições, Alves (amarelado) pelo Sérgio Oliveira e Ivo por Bosingwa. O FC Porto continuou a massacrar sem forçar muito e a desperdiçar muitas jogadas de perigo. Mais tarde o Claro deu lugar ao Caetano e ainda houve tempo para uma bola ao poste do Sérgio, após boa jogada individual e para o golo do Galeão, após excelente lançamento do Sérgio para o Caetano com este a assistir na perfeição o Galeão, permitindo que este bisasse no encontro.

Análise individual:

Ruca – Não foi sujeito a grande trabalho. Esteve atento e concentrado. Parece mal batido no lance do golo, pois o remate é do meio da rua e a bola entra praticamente ao meio da baliza.

Ivo – Exibição discreta mas segura. Sacrificado pela táctica, pois o seu posicionamento interior mais próximo do central não lhe permitiu aquilo em que é muito forte, ou seja, as subidas pelo corredor.

Roberto – Paulatinamente tem vindo a subir de produção. Continua a revelar algumas dificuldades, mas também não é fácil jogar sozinho cá trás e muitas vezes no um para um.

Ramon – Tacticamente fez bem o papel que o treinador lhe pediu. Foi um facilitador na circulação de bola e na ocupação de espaços. Às vezes tardou em recuperar a sua posição quando e equipa entrava em processo defensivo.

Massari – Exibição segura e discreta. Mais posicional, tal como o Ivo jogou mais próximo do central.

Alves – Tem bons pés e presença física, embora me parece algo pesado. Foi na segunda parte que participou mais no jogo. Fez um bom golo.

Josué – Está confiante. Com liberdade para fazer jogar está como peixe na água. Sem deslumbrar foi o jogador mais consistente nos 90 minutos. Grande inteligência a ler o jogo e excelente pé esquerdo faz o resto. É um jogador que tem amadurecido e esta evolução não é alheia ao facto de estar a tornar-se um jogador mais do colectivo. Marcou num excelente livre directo.

Galeão – Aproveitou bem uma das raras oportunidades em que foi titular. Jogou na posição 10 e não raras vezes apareceu em zonas de finalização. Teve como prémio o facto de ter bisado no encontro

Viana – Não foi tão irreverente como o costume. Menos endiabrado que o habitual mas ainda assim apareceu algumas vezes na cara do golo.

Chula – Tal como o seu colega de flanco não esteve particularmente incisivo nos desequilíbrios. Esteve intermitente.

Claro – Teve algumas oportunidades de golo que falhou, quer com a cabeça quer com os pés. Esteve sempre em jogo, embora por vezes o seu posicionamento não fosse o correcto. No segundo tempo decaiu de produção. Fez o seu 7º golo nos últimos 6 jogos.

Sérgio Oliveira – os primeiros minutos em campo revelaram alguma intranquilidade, mas rapidamente ultrapassou e ainda enviou uma bola ao poste num bom lance individual.

Bosingwa – substituiu o Ivo numa altura em que o jogo estava em decrescendo. Cumpriu o papel com empenho.

Caetano – jogou os últimos 20 minutos e ainda participou na jogada do último golo, fazendo a assistência para o último tento do desafio.

MVP: Josué bem secundado pelo Galeão.