Reflexões?
Preparava-me para escrever qualquer "coisinha" sobre uma novidade que me tem desagradado profundamente, quando deparei com este artigo que manifesta uma opinião bem interessante
Os estrangeiros nos juniores
O Sporting-Benfica que neste sábado abrilhantou o nacional de juniores é um bom pretexto para mais uma reflexão sobre o estado da formação em Portugal. Sobretudo porque o escalão registou, este ano, um surpreendente aumento do número de jogadores estrangeiros, face à liberalização no sector. O Sporting terá contratado o mais mediático destes atletas, o nigeriano Rabiu Ibrahim, que se destacou no Mundial Sub-17, mas esta é apenas a faceta mais visível de um fenómeno real e de proporções eventualmente preocupantes. O Benfica, por exemplo, quase poderia alinhar no campeonato nacional com uma equipa de estrangeiros, relegando os seus valores portugueses, muitos deles com assento nas selecções nacionais, para um segundo plano obviamente não desejável. Não me parece que o correcto seja assumir uma posição de xenofobia, mas sim analisar bem as consequências desta situação, tanto no que respeita ao futuro das selecções nacionais como, concretamente, ao que pode acontecer a esta fornada de talentos, portugueses e estrangeiros, atirados ao fogo de uma competição cada vez mais fria e absurda. Julgo que por trás desta apetência por jovens valores de outras paragens está sobretudo a tentação de fazer grandes negócios, mais do que aproveitar talentos genuínos e melhorá-los; gerou-se uma espécie de loucura por transferências milionárias, em menosprezo da formação. Será necessário colocar um ponto de ordem neste cenário, que é possível, não proibindo, porque tal não é viável, mas sim discutindo, debatendo a situação com os responsáveis, procurando defender os melhores princípios da formação de atletas. Será isto possível na actual selva do futebol profissional? Poderão pelo menos os escalões mais jovens (iniciados e juvenis) serem protegidos?
Autor: JOAQUIM SEMEANO in o Record
Os estrangeiros nos juniores
O Sporting-Benfica que neste sábado abrilhantou o nacional de juniores é um bom pretexto para mais uma reflexão sobre o estado da formação em Portugal. Sobretudo porque o escalão registou, este ano, um surpreendente aumento do número de jogadores estrangeiros, face à liberalização no sector. O Sporting terá contratado o mais mediático destes atletas, o nigeriano Rabiu Ibrahim, que se destacou no Mundial Sub-17, mas esta é apenas a faceta mais visível de um fenómeno real e de proporções eventualmente preocupantes. O Benfica, por exemplo, quase poderia alinhar no campeonato nacional com uma equipa de estrangeiros, relegando os seus valores portugueses, muitos deles com assento nas selecções nacionais, para um segundo plano obviamente não desejável. Não me parece que o correcto seja assumir uma posição de xenofobia, mas sim analisar bem as consequências desta situação, tanto no que respeita ao futuro das selecções nacionais como, concretamente, ao que pode acontecer a esta fornada de talentos, portugueses e estrangeiros, atirados ao fogo de uma competição cada vez mais fria e absurda. Julgo que por trás desta apetência por jovens valores de outras paragens está sobretudo a tentação de fazer grandes negócios, mais do que aproveitar talentos genuínos e melhorá-los; gerou-se uma espécie de loucura por transferências milionárias, em menosprezo da formação. Será necessário colocar um ponto de ordem neste cenário, que é possível, não proibindo, porque tal não é viável, mas sim discutindo, debatendo a situação com os responsáveis, procurando defender os melhores princípios da formação de atletas. Será isto possível na actual selva do futebol profissional? Poderão pelo menos os escalões mais jovens (iniciados e juvenis) serem protegidos?
Autor: JOAQUIM SEMEANO in o Record
posted by Madjer at 1:34 da manhã
2 Comments:
Este artigo põe o dedo na ferida. Estes estrangeiros são inscritos não numa perspectiva de "mais-valia" mas pelas negociatas e comissões que geram.
Já ví a equipa do slb jogar (que pode apresentar um 11 só com estrangeiros) e posso afirmar que, com MUITA boa vontade, só 2 jogadores PODERÃO vir a ser úteis à primeira equipa desse clube da fregusia de benfica.
Infelizmente, parece que o nosso clube não está imune a este novo fenómeno (sendo dos 3 o menos "afectado"). Temos jogadores nos juniores que são uma continuação desta política desastrosa com epicentro em Lisboa: Stephane, Fillipi, Maringá, Bogdan e Chiming...
Contínuo a pensar que a nossa base de recrutamento principal e fundamental deve ser TODO o País. De Norte a Sul...de Este o Oeste...e ilhas! Sem excepção ou pudores! Buscar talentos com o mesmo desvelo no Desportivo de Portugal (Campanhã - Porto) que no Mira Sintra (Cacém - Sintra).
Depois, buscar mais-valias (jogadores acima da média) às nossas comunidades emigrantes e ao mundo lusófono (de Angola ao Brasil...de Goa a Timor...de Moçambique à Galiza).
E, então, se nos depararmos com um ou outro talento EXCEPCIONAL oriundo de outras paragens...então sim, incorporar-lo na nossa formação. Mas fazer desta política excepção e não regra.
Esta é a minha visão 611
Caro Madjer,
Já não há volta a dar, a exemplo dos séniores, também o futebol júnior pelo menos ao nivel dos clubes grandes vai aumentar gradualmente o numero de estrangeiros.
Já a seleção parece-me que vai também seguir o caminho da seleção principal, ou seja vão aumentar os naturalizados e os atletas estrangeiros com antepassados portugueses.
Como curiosidade, digo-te que apesar de alguns de nós estarmos preocupados com o aumento de estrangeiros nas camadas jovens, repara que a maioria até gosta disso, vê só o espaço que é dado nos meios de comunicação a esses atletas, e os comentários que vais vendo na net, onde um nome estrangeiro dá sempre um ar muito mais espectacular do que um Joaquim qualquer.
FORÇA FC PORTO!!!
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