sábado, maio 26, 2007

Resultados

Sub-14 (Campeonato Distrital 1ª Divisão, 2ª Fase, Série 1)
F.C. Porto-Penafiel, 4-0 – Campeões Distritais da 1ª Divisão
Sub-13 (Campeonato Distrital 2ª Divisão, 2ª Fase, Série 1)
Rebordosa-F.C. Porto, 0-7 – Campeões Distritais da 2ª Divisão
Sub-13
(Campeonato Distrital 2ª Divisão, 2ª Fase, Série 2)
Perosinho-F.C. Porto, 2-1
Sub-11 (Campeonato Distrital, Fase Final, Série 1)
F.C. Porto-Boavista, 2-0
in site oficial do FC PORTO

5 Comments:

Blogger Madjer said...

20 ANOS 20 Histórias


Norberto A. Lopes

Viena foi tudo aquilo que os adeptos viram. Um jogo soberbo, uma vitória cintilante do F. C. Porto, a noite em que Madjer eternizou o golo de calcanhar e a equipa produziu uma das mais belas sinfonias da história. Venceu o poderoso e favorito Bayern de Munique (2-1), deu a volta ao jogo depois de ter estado a perder ao intervalo pela margem mínima. Parece que foi ontem, porque as memórias continuam vivas e nunca se apagam. Mas o tempo corre depressa e faz hoje precisamente 20 anos que o dragão conquistou a primeira Taça dos Campeões Europeus. Foi o abrir de página na história internacional do clube, foi o grito que vivia amordaçado e deu a tão desejada dimensão mundial ao emblema portista.

Mas Viena também teve traços de vingança. Em 1984, três anos antes, o F. C. Porto esteve perto do céu mas caiu no inferno. Perdeu a Taça das Taças para a Juventus (2-1), na célebre final de Basileia em que se queixou do árbitro. A mesma geração de jogadores vingou-se daquele percalço, mas sofreu a bom sofrer.

Frente ao Bayern de Munique, o F. C. Porto perdia ao intervalo por 1-0, por causa de um erro defensivo - Koegel marcou aos 24 minutos, depois de um lançamento lateral. A equipa acusou o golo, deixou-se abater até libertar as amarras no segundo tempo. Aos 77 minutos, Madjer empatou, naquele que considera ser o golo da sua vida; dois minutos depois, Juary fez o 2-1 final, na sequência de uma jogada de mestre do argelino - cruzou com pontaria afinada para o segundo poste. Talvez por isso tenha sido épico. Tão épico que há algumas histórias para contar de um jogo que a história não apaga. O JN recorda-lhe 20.

Juary na sauna

No quarto, quase sempre fechados no quarto. Os jogadores morrem de tédio, Juary arrisca os próprios limites na manhã do grande jogo. Não resiste, sai do quarto e dirige-se para a entrada do hotel. Depois, toma contacto com o funcionário da sauna colectiva. Também é brasileiro, o diálogo é fácil. Aproveita e entra na sauna para matar o tempo. Mas Octávio Machado apercebe-se do acto irreflectido. Dá-lhe uma descompostura tremenda e o avançado teme o pior. À hora de almoço, espera pelo adjunto à porta do restaurante. "Perguntou-me se já tinha contado ao Artur Jorge", recorda Octávio Machado. Diz-lhe que não. "Fica só entre nós. Mas quando precisarmos de ti logo à noite, vais ter de marcar um golo. É assim que vais pagar o que fizeste". E Juary cumpriu, marcou o golo da vitória e deu ainda a bola para Madjer marcar o célebre golo de calcanhar.

Prémio chorudo

A conquista da Taça dos Campeões Europeus foi a primeira grande conquista internacional do F. C. Porto. Teve um valor desportivo que atravessou fronteiras e lançou o nome do clube para os píncaros da fama. Há 20 anos, a vitória valeu 1500 contos a cada jogador (7500 euros). Não era coisa pouca, cada exemplar do JN custava 40 escudos! (20 cêntimos) Pelo triunfo em Gelsenkirchen, em 2004, cada futebolista encaixou 100 mil euros e José Mourinho arrecadou 500 mil.

Sem vídeos

Nos tempos que correm, é fácil preparar um desafio de futebol. Os jogos passam na televisão, os computadores ajudam a destrinçar conceitos e sistemas tácticos. Há dados estatísticos que suportam determinados procedimentos. Mas há 20 anos a realidade era bem diferente, não havia os recursos tecnológicos de hoje. Era tudo sustentado em observações no terreno e os treinadores não mostravam vídeos dos adversários. "Trabalhávamos ao 'olhímetro'", recorda Octávio Machado. E com o Bayern Munique foi assim. Coube ao adjunto observar os três últimos jogos dos alemães "E também assisti a um treino". Hoje, os clubes nem abrem as portas dos treinos aos adeptos. "Escrevi muitos relatórios que depois foram analisados pelo Artur Jorge". Foi assim que a final foi preparada.

Futre e Gil y Gil

Era o mais novo da equipa - a irreverência em corpo de gente. Paulo Futre impunha ritmos, jogava no limite de um drible curto, sempre em velocidade, sempre com espontaneidade. Na segunda parte, quando o F. C. Porto perdia por um golo, fez uma jogada de sonho pelo lado direito. Fintou meio mundo, sempre em progressão, sempre com a baliza fisgada nos olhos. E falhou o golo por centímetros. Mas foi aquela jogada mágica que seduziu Gil y Gil, ao ponto de ter pago meses depois 630 mil contos pelo esquerdino. Foi o trunfo de peso que levou o dirigente à cadeira da presidência do Atlético de Madrid.

Madjer acertou

No estágio que antecedeu o jogo, Madjer era o companheiro de quarto de Mlynarczyk. Um dia à noite, o guarda-redes polaco virou-se para o argelino. "Estou com medo do Bayern de Munique, eles são mais fortes do que nós". E Madjer, que já era a imagem de marca da irreverência, esboçou um sorriso expressivo. Olhou o colega de frente, olhos nos olhos. De uma forma instintiva e sem pensar, atirou. "Não te preocupes, Josef. Nós amanhã, vamos ganhar por 2-1. E vamos ser campeões europeus!" E Madjer tinha razão, acertou no resultado do jogo.

Gal Costa

Antes do jogo, a tensão acumula-se. O nervosismo corre nas veias, os jogadores começam a ser possuídos por aquela que seria uma final de sonho. Mas há muitas formas de descontrair. Uma delas era cantar músicas, expandir as emoções pela força da voz. Em 1987, o tema "Um dia de domingo" era o grande hit da dupla Gal Costa e Tim Maia. E alguns jogadores cantaram-no antes do jogo para libertar o nervoso miudinho.

Hotel

Quem lá esteve diz que era magnífico. Como se estivessem hospedados numa cidade africana. Havia palmeiras espalhadas, uma praia artificial e até uma enorme piscina com ondas a recriar o mar. O F. C. Porto ficou hospedado três noites no Hotel City Club, nos arredores de Viena, onde a equipa se concentrou para a grande final. Cada diária ficou por 27 contos!

Beijos no Corão

Os jogadores estão equipados, prontos para entrar no relvado do Prater. Quando Madjer tira do bolso um livro pequenino, olha para os colegas e pergunta "Vocês querem ganhar o jogo?". Ainda se lembra bem da resposta. "Disseram-me que sim, claro". Ninguém hesitou. Pegou no livro pequenino e pediu aos colegas para beijarem a obra. Era o livro sagrado do Islão, o Corão. A palavra de Deus revelada ao profeta Maomé. E a equipa conquistou a Taça dos Campeões Europeus.

Presidente desmaiou

Os jogadores festejam. Correm no relvado ao lado do capitão João Pinto. Os dirigentes sorriem. Pinto da Costa vê que o sonho era real, a Taça dos Campeões já não era obra da imaginação. Deixa-se tomar pelas emoções, deixa-se guiar pela euforia do momento, deixa-se guiar por tudo aquilo que os olhos vêem. Quando chega ao balneário, as emoções continuam a ser muitas. E desmaiou. "Tivemos de lhe dar logo assistência", lembra o médico Domingos Gomes.

No controlo

O jogo terminou há minutos, Inácio e Frasco são escolhidos pela UEFA para irem à sala onde se realizam os controlos anti-doping. Encontram Koegl e Rummenigge. Koegl, que curiosamente tinha marcado o golo do Bayern Munique, é o primeiro a fazer o teste. Depois, seguem-se Inácio e Frasco. Rummenigge fica à espera, os dois portistas olham-no, riem-se e antes de saírem da sala atiram de pronto "Até aqui vocês levaram no pêlo. Até aqui ganhamos por 2-1".

Má notícia

Foi um dia de felicidade. Mas, à hora do almoço, um jogador sentiu a dor de não poder jogar a grande final. Jaime Pacheco tinha viajado com a equipa, estava recuperado de uma rotura do ligamento cruzado anterior. Os jornalistas até pensaram que fosse um dos trunfos de Artur Jorge. Mas, no dia do jogo, o treinador decidiu. "Clinicamente estava apto, mas faltava-lhe ritmo de jogo", lembra o médico Domingos Gomes.Nem foi para o banco, onde surgiu um jovem central de 20 anos chamado Festas.

Psicologia

Ao intervalo, o F. C. Porto mergulhava em tristeza. Perdia por um golo, a equipa tinha dado uma imagem muito pálida do que tinha sido capaz de fazer. No balneário, Artur Jorge é curto na palestra, mas genial no incentivo psicológico. Pergunta a idade aos jogadores, mostra-lhes que é a última oportunidade da carreira para ganharem a Taça dos Campeões Europeus. "Estão a 45 minutos de entrarem na história do futebol", recorda Eduardo Luís. Foi isso que agitou as mentes e a equipa libertou-se das amarras no segundo tempo

Cruzamentos

Duas semanas antes da grande final de Viena, Juary lesionou-se num jogo frente ao Boavista - ficou com um problema no pé direito. Esteve para não jogar, mas recuperou milagrosamente. Começou a treinar progressivamente, queimou uma etapa de cada vez. Primeiro condicionado e sob a orientação de Octávio Machado, que insistia em cruzamentos do lado esquerdo para o segundo poste, onde aparecia Juary a rematar com o pé direito. Foi assim que venceu as dores na zona lesionada, foi assim que marcou o segundo golo do jogo que silenciou o Bayern de Munique.

Chuteiras

A final da Taça das Taças perdida para a Juventus, em 1984, foi uma lição para o F. C. Porto. Antes do jogo de Basileia, os jogadores assinaram contratos com várias marcas desportivas. Jogaram com chuteiras de uma determinada marca na primeira parte, com outras da marca concorrente na segunda. E isso criou problemas de adaptação que se reflectiram na produção da equipa durante o encontro. Por causa disso, Artur Jorge estipulou regras muito claras antes da final de Viena - os futebolistas foram proibidos de substituir as chuteiras usadas por novas nas duas semanas que antecederam o grande jogo com o Bayern de Munique. Era o tempo limite para os pés se adaptarem ao novo equipamento.

João Pinto

As imagens correram mundo, ainda perduram na memória dos adeptos. Acaba o jogo, os jogadores fazem a festa, falta pouco para receberam a tão desejada Taça dos Campeões Europeus - o momento da coroação do F. C. Porto, o registo que ficará para a eternidade. O capitão João Pinto recebe a Taça, agarra-a com as duas mãos e nunca se separa do troféu. Na altura disse que se sentia como uma criança que tinha recebido um brinquedo. Mas o acto não caiu bem junto dos colegas, que também queriam erguê-la. "Aquela Taça reflecte o trabalho de um grupo e parece que só foi ganha por uma pessoa", adianta Eduardo Luís.

Loucura de Madjer

Quando a equipa chega à cidade do Porto, vive-se um São João antecipado. O povo saiu à rua, cruzou a Avenida dos Aliados, ergueu cachecóis e bandeiras em homenagem ao F. C. Porto. Depois do jogo, Artur Jorge conversa com Madjer, o autor do célebre golo de calcanhar que havia de correr mundo. É um gesto de difícil execução. "Na brincadeira, o treinador disse-me que era maluco por ter marcado um golo de calcanhar", conta o argelino. Mas o lance foi de tal forma desenhado, que não lhe restava outra hipótese. "Estava de costas para a baliza e Deus estava do meu lado".

Festa em Munique

Em 1987, não havia dúvidas - o Bayern de Munique era o grande favorito à conquista da Taça dos Campeões Europeus. Não só pelo peso histórico, mas pelo apoio do público que coloriu o Estádio de Prater, em Viena - havia cerca de 15 mil portugueses, a esmagadora maioria era germânica e vestia de vermelho. E os alemães davam a vitória como um dado adquirido. Já tinham uma recepção preparada na câmara municipal e a Rádio Baviera marcou uma festa com a participação de ministros do Governo. Mas, claro, foi tudo por água abaixo...

Empurrão

Madjer tinha acabado de marcar o célebre golo de calcanhar. Ficou deitado do relvado, os colegas apinharam-se em cima e os músculos da perna direita, já doridos por um jogo desgastante, cederam. O argelino teve de sair do relvado, onde esteve a receber assistência médica. "Foi tudo muito rápido. A nossa preocupação era que o F. C. Porto estava com dez em campo. Decidimos muito rapidamente e corremos um risco, porque os gémeos podiam ceder. Empurrámos o Madjer para dentro do campo. E naquele preciso momento recebeu a bola e fez a jogada para o golo da vitória", diz Domingos Gomes.

Camisola

Grande parte dos jogadores do F. C. Porto guardaram a camisola como um gesto de recordação eterno. É o objecto que suporta a memória viva de um jogo imortal por cada um dos futebolistas. Mas, na altura dos festejos, Inácio deixou-se guiar pelo instinto "Nos festejos, cruzei-me com o presidente. Tirei a camisola e ofereci-a de imediato. Fui o primeiro jogador a fazê-lo, porque ele tinha feito muito pelo clube, foi ele quem lhe deu a projecção internacional. Foi o meu agradecimento a Pinto da Costa", recorda o antigo lateral esquerdo.

Dois craques

No final do jogo, o treinador do Bayern de Munique não teve dúvidas. Perguntaram a Udo Lattek quais os jogadores do F. C. Porto que gostava de ter na sua equipa e a resposta foi pronta "Se me deixassem comprar, optaria pelo Futre e pelo Madjer, dois jogadores excepcionais". Mas nenhum deles reforçou o clube bávaro. O primeiro transferiu-se para o Atlético de Madrid, o segundo rumaria ao Valência. Por curiosidade, o árbitro do jogo encerrou a carreira. Chamava-se Alexis Ponnet e era belga.
in JN

1:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

afinal foram os sub-14 ou sub-13 k jogaram em penafiel?

2:57 da tarde  
Blogger António Pista said...

Parabéns pelo blog!

Visitem o meu:

http://aguia-de-ouro.blogspot.com/

Futebol e política num só!

Com actualizações diárias!

3:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Alguem me consegue a ficha do jogo da seleção sub19:

Portugal - Belgica 1-0 , num torneio realizado na Jugoslavia no dia 05-09-2001.

Obrigado!

6:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

No domingo, ao rever as imagens mil vezes gastas por 20 anos de orgulho, voltei a sentir a humidade do costume...
Ainda hoje me arrepio... e lembro...do Miguel Prates e do Ribeiro Cristóvão aos gritos...
da jogada do Futre...da entrada do Frasco...da reentrada em campo do Madger no 2º golo...e aquele drible...quantas vezes a tentar perceber como ele tirou a bola da frente do gajo...acho q foi com o calcanhar direito...e o cruzamento perfeito c o esquerdo...enfim, fiquei mt satisfeito c a homenagem...foi bom revê-los!!!

11:24 da tarde  

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