quinta-feira, abril 10, 2008

O Comentário de afs

Braga 1 – FC Porto 0

Castigo que penaliza falta de eficácia

O FCP promoveu a 2 alterações no onze em relação ao último jogo. O Alex sentou-se no banco e o Branco não foi convocado, sendo substituídos pelo Filipe e pelo Anjo.

O FCP apresentou-se da seguinte forma:

GR – Maia

Defesa - David (DD), Zé Pedro (DC), Dias (DC) e Anjo (DE)

Meio Campo – Ramon (Trinco), Sergio Oliveira e Amorim a médios interiores

Avançados – Caetano (AD), Filipe (PL) e Claro (AE) com trocas entre alas.

1ª parte: Nos primeiros 25/30 minutos a nossa equipa revelou uma intranquilidade algo surpreendente. O pressing alto do Braga não deixou a equipa fazer a circulação de bola que tanto gosta. À pressão alta, a equipa da casa adicionou uma agressividade positiva sobre o homem da bola. No entanto, os visitantes tiveram mais jogadas de perigo junto da baliza que os da casa, embora sem serem grandes oportunidades de golo. Nesta fase, um jogador do Braga corta com a mão um lance de transição e é amarelado e no minuto seguinte tem uma entrada a pés junto do David vendo justamente o 2º amarelo e o correspondente vermelho. È certo que a ausência deste jogador não se fez notar até ao intervalo.

2ª parte: Ao intervalo o Sergio (amarelado) dá o lugar ao Cardoso e o Claro ao Alex. A nossa equipa entrou bem melhor, ganhou nova dinâmica a pressionar mais no campo adversário e a criar muitas situações de perigo, fazendo a defesa contrária tremer. É nesta altura que a equipa deve matar o jogo, domina, controla, cria muitas situações de perigo e não marca. Em futebol isto, normalmente, é a morte do artista. Apesar do assistente que acompanhava o ataque do FCP ter levantado a bandeirola quase uma dezena de vezes e apenas na segunda parte, o FCP continuou a mandar no jogo e só muito esporadicamente o Braga dava sinais de perigo. Mais tarde, Amorim deu lugar ao Serginho, e esta segunda vaga quase dava os seus frutos com a duas ou três arrancadas pela direita a fazerem mossa, mas novamente sem resultados práticos. Quando já ninguém contava e nos últimos 5 minutos o Braga, apesar de jogar com 10 elementos, começou a pressionar, a ganhar cantos e livres à entrada da área e num deles obtém o golo da vitória já no tempo de descontos.

Esta equipa tem de ganhar mais agressividade. Não pode querer jogar sempre bonito, deve adaptar-se ao adversários e os seus jogadores devem assumir o jogo e não esconderem-se quando este não corre de feição. As equipas que defrontam o FCP sabem que devem anular o seu grande ponto forte que é a posse e circulação. E isso só se consegue com muita pressão e agressividade positiva. Os nossos jogadores devem saber adaptar-se, pois nesta fase e com equipas mais fortes as coisas ficam bem mais difíceis.

Um dos defeitos que sempre apontei a esta equipa é que troca muito bem a bola, cria muitas jogadas de perigo, mas tem um problema na eficácia no último terço do terreno. Sei que estamos em formação e existem coisas mais importantes que outras em função do estádio de evolução de um jogador, e nem sempre ganhar é o primeiro objectivo, por muito que isto custe aos adeptos, nos quais eu me incluo.

Análise individual aos jogadores:

Maia – Curiosamente não foi sujeito a grande trabalho, mas sempre que interviu fê-lo bem. No golo, não me parece ter responsabilidade, o livre é bem batido e parece que ainda bate no poste.

David – Bateu-se bem com o seu marcador directo. Ganhou mais lances do que os que perdeu. Revelou boa capacidade de recuperação, embora não se tenha aventurado muito nas tarefas ofensivas.

Zé Pedro – Na primeira parte não esteve particularmente inspirado, errando muitos passes e exagerando nos passes longos, os quais não lhe estavam a sair particularmente bem. Na segunda parte subiu ligeiramente de produção.

Dias – Mau começo de jogo onde errou alguns passes, embora defensivamente não se lhe viu falhas.Fez uma segunda parte de grande nível. Muito rápido nas recuperações e muito forte nos duelos individuais, fazendo uso do seu fisico.

Anjo – Começou o jogo como a equipa, algo alheado do jogo e discreto. Subiu de produção na segunda parte em especial em tarefas defensivas.

Ramon – Estranhamente passou ao lado do jogo. Não foi o bombeiro de que a equipa está habituada. Esteve quase sempre desencontrado do jogo.

Sergio Oliveira – É um jogador que aprecio particularmente. Na primeira parte “comprou” algumas guerras inúteis, nomeadamente com a assistência, fruto da sua juventude e entrega ao jogo. Desconcentrou-se do jogo o que lhe valeu um amarelo, e como o jogo estava “quente” foi bem substituído ao intervalo.

Amorim – é o jogador cerebral da equipa. Estranhamente esteve pouco esclarecido e até um pouco trapalhão. Pouco participativo no jogo da equipa. Deve melhorar o seu futebol com equipas que não deixam jogar. Foi bem substituído pelo Serginho.

Caetano – Foi sempre o jogador mais irreverente do FCP, embora também algo distante daquilo que sabe e pode. Na segunda parte, não esteve particularmente inspirado nos lances individuais, embora mantendo a entrega habitual ao mesmo.

Claro – Tentou desequilibrar, sobretudo pelo lado esquerdo, mas raramente conseguiu levar os seus intentos. Também nem sempre foi bem servido. Foi bem substituído.

Filipe – Na minha opinião fez um bom jogo. No período negro da equipa, foi quem revelou maior serenidade. Fez muitas diagonais, fez muitas tabelas, embora tenha pecado na finalização. Falta-lhe poder de choque na disputa dos lances divididos.

Cardoso – Grande segunda parte. A partir da sua entrada (e do Alex), a equipa ganhou nova dinâmica nas transições. A equipa tornou-se mais rápida e perigosa. Conseguiu muitos desequilíbrios individuais.

Alex – Com o Cardoso vieram agitar o jogo, embora nem sempre estivesse feliz na abordagem dos lances. Ficou-me na retina dois lances: um, que depois de ultrapassar o opositor directo, quer servir o Caetano já dentro da pequena área quando tinha boas hipóteses de alvejar a baliza, e noutro em que em posição de off-side, e em vez de se alhear da jogada do Serginho que ia em cavalgada para a baliza e em excelente situação de almejar a baliza adversária, participa nela abortando-a por intervenção do árbitro.

Serginho – O segundo fôlego da equipa deveu-se à sua velocidade em que por 2 ou 3 vezes conseguiu meter o “pé a fundo”, e numa delas mandou ao poste com a baliza à mercê e nas outras duas criou situações de muito perigo.

Destaque: Dias e Cardoso, pelas segundas partes que fizeram.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Boa visão de jogo.
Os mais novos jogam bem contra o Moimenta da Beira.

2:19 da tarde  

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