O Comentário de afs
Goleada com muito desperdício à mistura…
FCP 4 – Maritimo 0
O FCP promoveu 5 alterações em relação ao último jogo.
Saíram: David, Anjo, Ramon, Amorim e Caetano.
Entraram: Paulinho, Branco, Bruno, Alex e Cardoso.
O onze inicial apresentou-se da seguinte forma:
GR – Maia
Defesa – Paulinho, Zé Pedro, Bruno e Branco
Meio Campo – Sérgio Oliveira, Cardoso e Dias
Avançados – Claro, Alex e Filipe.
1ª parte – os da casa entraram forte e a jogar no meio campo adversário não acusando a importância do jogo. Sem deixar jogar o adversário foram carregando, bem impulsionados pelo Dias (boa primeira parte) e bem coadjuvado pelo Cardoso..
A boa circulação de bola e as transições rápidas cedo produziram efeito com o Filipe num canto a encostar para o primeiro golo. O adversário só conseguia criar algum perigo nas bolas paradas e numa delas o Maia larga uma bola aparentemente fácil, mas emenda o erro oferecendo o corpo à bola na recarga, sendo depois o lance resolvido pela defensiva. Até final da primeira parte os locais nunca tiraram o pé do acelerador, fazendo aquilo que sabem. Mudanças de flanco, triangulações, circulação e posse. O adversário sempre se revelou uma equipa demasiado curta pelo que pouco trabalho deram ao redes Maia.
Houve ainda tempo para o 2º golo do Filipe, após excelente iniciativa individual do Claro, que ofereceu o golo ao Dias, pertencendo o último toque para a baliza ao Filipe.
2ª parte – Ao intervalo o Zé Pedro cede o lugar ao Ramon, descendo o Dias para o eixo da defesa e o Claro cede o lugar ao Caetano. A ganhar por 2 bolas a equipa soltou-se, e sob a batuta do Ramon começou a abrir o livro a praticar um futebol alegre, desenvolto e a toda a largura do terreno O 3º golo surge numa boa movimentação colectiva aproveitando uma subida do Paulinho que cruza com conta, peso e medida para o Filipe de cabeça fazer o seu hat-trick. Antes do Sérgio dar lugar ao Luis Paulo, o Ramon aproveitou uma defesa incompleta do redes adversário para fechar a contagem nos quatro a zero. . Nesta 2ª parte, vislumbrou-se uma das lacunas desta equipa que é a eficácia. Cria imensas situações de perigo, algumas delas escandalosas e tem dificuldades na concretização, com Filipe, Cardoso, Alex e Ramon a terem oportunidades de golo flagrantes.
Vitória clara e justa da (de longe) melhor equipa no terreno. O adversário revelou pouca ambição, sendo que na 1ª fase a nossa equipa encontrou equipas mais complicadas que esta do marítimo.
Análise individual
Maia – durante a partida teve muito pouco trabalho. Teve uma falha em toda a partida que poderia ter custado um golo. Emendou a mão com coragem oferecendo o corpo à bola.
Paulinho – não foi sujeito a grande trabalho defensivo. Sempre que podia, soltou-se como bem sabe, para tarefas ofensivas. Fez a assistência para o 3º golo.
Zé Pedro – esteve sereno e imperial na sua zona de acção. Não foi chamado a intervir com muita frequência mas sempre que o fez, fê-lo bem.
Bruno – não sei se já tinha jogado esta época. Fez grande jogo. Simplicidade de processos, descrição e eficácia são os atributos da sua exibição. Raramente recorreu à falta e raramente errou um passe.
Branco – Defensivamente não foi posto à prova. Lateral de veia ofensiva, tentou dar o seu contributo pela sua ala nos processos colectivos da equipa. Falta-lhe ainda alguma confiança para voltar aos níveis que pode e sabe.
Sérgio Oliveira - desta vez jogou a pivot defensivo. Coordenou todo o jogo da equipa na primeira parte. Dotado de excelente técnica foi importante na circulação e posse de bola da equipa, permitindo uma maior fluidez entre linhas. Se mantiver a evolução é um jogador cujo potencial é de seguir com muita atenção. Deve melhorar o remate de meia distância.
Cardoso – é um jogador muito rotativo e quando está inspirado é muito difícil de controlar. Teve papel importante na primeira parte, mas foi na segunda que soltou a sua veia futebolística. Teve muitas iniciativas individuais, nas suas diagonais para o centro do terreno, abrindo espaços na defensiva contrária, quase sempre mal aproveitadas por si ou por companheiros. Deve melhorar o remate de meia distância.
Dias – grande primeira parte. Andou claramente com a equipa às costas na primeira parte. Parece algo desengonçado e por vezes parece que conduz a bola algo aos repelões, mas os maritimistas devem agora perceber que é muito difícil desarma-lo. À esquerda e à direita, deu sempre a cara, aproveitando o seu pulmão e físico para abrir brechas na defensiva contrária. Na segunda parte, desceu para o eixo da defesa e voltou cumprir com distinção, principalmente nas dobras aos laterais. Acho que é um desperdício ter um jogador deste calibre a jogar a central. Deve melhorar o remate de meia distância.
Claro – Esteve bem na primeira parte. Para mim tem uma vantagem em relação ao Alex. Normalmente gosta de receber a bola em movimento. Esteve muito activo enquanto esteve em campo, a dar muito trabalho a defensiva contrária e teve o seu momento mais alto na grande jogada individual que dá origem ao segundo golo.
Alex – é um desequilibrador nato. Nos duelos individuais é muito dificil de ser desarmado. Gosta mais de receber a bola no pé em vez de no espaço, e essa é a única critica que lhe consigo fazer. Acabou o jogo com dificuldades fisicas.
Filipe – Para quem faz um hat-trick, pode pensar-se que pouco mais haverá a dizer. Mas não, existe um mundo para além dos golos. Falhanços, triangulações, tabelas, diagonais e assistências para golo, fez de tudo um pouco. Bom jogo.
Ramon – entrou ao intervalo e fez notar a sua presença. Limpou a seu raio de acção com grande sobranceria. Esteve bem no passe curto e essencialmente nos passes longos. Ainda fez o gosto ao pé e falhou uma oportunidade escandalosa. É impossível pedir mais.
Caetano – entrou para o lado direito e os passes longos do Ramon permitiram-lhe muitos desequilíbrios individuais. Do seu lado nasceram imensas jogadas de perigo.
Luis Paulo – entrou para o lugar do Sergio, e apesar de pouco tempo ainda participou de forma positiva em alguns movimentos colectivos da equipa.
Destaque: Filipe pelo hat-trick, mas houve mais boas exibições ...
afs
3 Comments:
Deixar um grande jogador como o Pedro Branco sem confiança foi uma "arte"...Parecia uma Pedra , mas na realidade tem 16anos!
Do que temos lido e ouvido, parece impor-se uma conclusão - a de que o Maritimo não é uma má equipa, porquanto uma má equipa não ganharia ao Penafiel e ao Braga.
O que aconteceu, foi que essa equipa do Maritimo foi completamente BANALIZADA pela equipa que o prof. Guilherme apresentou.
Foi um FC PORTO de grande qualidade que fez parecer que o adversário era fraco.
Pela primeira vez jogamos com uma equipa sólida, tanto fisica como mentalmente, tacticamente muito bem, fazendo parecer fácil o que foi dificil para os outros.
O treinador acertou, armou uma equipa que foi excelente e provou que em Braga tudo poderia ter sido mais fácil.
mas...tanto em braga, como contra o penafiel, só faltarm os golos, apenas(!!), e enquanto alguém questionava o ponta de lança, desta vez, teve que dar o braço a torcer e com muito custo, mostrar, a contentação pela vitória...
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