Juvenis A

Futebol Clube do Porto 1 - 0 Sporting C P

FILIPE ENTROU PARA DECIDIR
Em jogo a contar para a 4.ª jornada da fase final do Nacional de Juvenis, o FC porto recebeu e venceu o Sporting por 1-0. Um golo do «suplente» Filipe, já perto do final, deu aos «dragões» um triunfo vital na luta pelo título.


Estruturadas em 4x3x3, as duas equipas encaixaram-se desde o apito inicial. O equilíbrio foi a toada dominante durante quase todo o encontro, especialmente na primeira metade, em que a igualdade de forças foi gritante. Durante os primeiros 40 minutos assistiu-se a um bom jogo, repartido, e com oportunidades de golo para os dois lados. Neste capítulo, os «leões» foram os mais perdulários – aos 23 minutos, Cedric Soares fez a bola passar a milímetros do poste direito da baliza de Maia e cinco minutos depois, Renato Santos «bombardeou» a barra da baliza portista.
Já o FC Porto aproveitou as bolas paradas para pôr à prova o sector mais recuado do Sporting. Aos 11 minutos, Dias cabeceou ao lado e aos 36, Alex (um dos melhores em campo) tentou o canto directo, mas a barra negou-lhe o golo.
Na etapa complementar, o jogo caiu de qualidade, muito por culpa da prestação do Sporting, que não conseguiu dar seguimento à boa primeira parte. Os «leões» não foram tão pressionantes a meio-campo, nem tão perigosos com a posse de bola (coisa rara na segunda parte), embora defensivamente tenham estado tranquilos e não deram espaço ao ataque «azul-e-branco».
Apesar de serem a melhor equipa sobre o terreno e aquela que mais fazia por chegar ao golo, o FC Porto não conseguiu criar desequilíbrios no último terço. A excepção aconteceu aos 55 minutos, mas Caetano, após excelente trabalho individual na área contrária, rematou por cima, quando tinha tudo para inaugurar o marcador.
À medida que o tempo avançava, a descrença tomava conta dos portistas, enquanto a equipa visitante dava mostras de estar satisfeita com o empate. Contudo, a quatro minutos dos 80, na sequência de uma recuperação de bola de Paulinho, o recém-entrado Filipe aproveitou um corte defeituoso de Nuno Reis para bater o «guardião» leonino, estabelecendo o resultado final.


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TIVEMOS A FELICIDADE
DO NOSSO LADO
No final da partida, o técnico portista, José Guilherme, considerou que a sua equipa “teve a sorte do seu lado”, num “jogo não muito bonito”.
“Foi um jogo equilibrado, com duas equipas receosas uma da outra. Quem conseguisse marcar primeiro dava um passo importante para ganhar e nós tivemos essa felicidade”, salientou José Guilherme, apontando “a ambição e o querer” dos «azuis-e-brancos» como factor decisivo para o resultado final.
Ainda assim, o treinador do FC Porto reconheceu que a sua equipa “fez um jogo nervoso”, principalmente em termos técnicos. “Tecnicamente, não estivemos ao nosso nível. A equipa esteve nervosa, mas nesta fase o mais importante são os resultados”, explicou José Guilherme.

FACTOR FÍSICO CONDICIONOU-NOS
Ao contrário do seu homólogo, o treinador do Sporting, Luís Dias, enalteceu “o jogo de grande nível” a que se assistiu, explicando que “a diferença para o resultado final esteve no golo”. “Fomos mais eficazes na primeira parte, quer ofensiva, quer defensivamente. Conseguimos criar duas oportunidades flagrantes para marcar, mas não concretizamos”, afirmou Luís Dias, realçando que a diferença (para pior) na segunda parte esteve no factor físico. “A boa primeira parte que fizemos condicionou-nos para o resto do jogo. Ao intervalo, tivemos que mudar um jogador por problemas físicos e o golo que sofremos aconteceu pelo corredor central, em que costumamos ser fortes”, explicou o treinador do sportinguista, reconhecendo “a pior segunda parte” do seu conjunto.
Vasco Samouco in Norte Desportivo