O Comentário de afs
Comentário ao jogo Padroense 2 – Micaelense 1
Jogo bem disputado sob um fim de manhã bem quente, digno de um dia abrasador de verão. O Padroense colocou em campo o último onze com uma alteração apenas. Saiu do onze inicial o Diogo para dar lugar ao Sergio. A mesma atitude e garra de sempre, numa primeira parte equilibrada com sinal mais da equipa da casa, em que adversário tentava responder como podia. O primeiro golo surge no primeiro tempo pelo PL Rui Santos, após uma subida em velocidade pelo flanco do LD Paulinho, efectua um cruzamento tenso ao primeiro poste onde surge pleno de oportunidade o Rui e com um toque subtil desvia para o golo. Houve ainda tempo para um remate à barra em livre directo frontal através de Luis Paulo e uma perdida escandalosa do Rui dentro da pequena área a cabecear por cima da barra um golo feito. Numa situação de contra-pé o Luis Filipe (o melhor do Micaelense) em que o Paulinho está subido e numa das raras vezes em que o Luis Paulo está desposicionado, o adversário entra pela sua esquerda (lado direito do Padroense) a dobra não chega a tempo do cruzamento/remate e o Novais ao tentar sacar a bola faz um auto golo. Contra a corrente e sem ter feito muito pelo golo, a equipa insular empata a partida. Estava feito o resultado até ao intervalo.
Na segunda parte, o Padroense continuou com sinal mais. Estes miúdos não baixaram os braços e foram para cima do adversário e conseguiram algumas situações de golo. O PL Rui teve duas situações claras de golo, uma de cabeça em tudo igual à da primeira parte, cabeceando por cima da barra já dentro da pequena área e outra em tudo igual ao primeiro golo que desta feita com cruzamento da esquerda por intermédio do Diogo (bom jogo) onde aparece ao primeiro poste a encostar, só que em vez de faze-lo com a parte interior do pé direito tenta encostar com a parte externa, e está claro, a bola saiu ao lado. Na fase de maior pressão e na sequência de alguns livres bombeados para a área, o Novais faz o golo da vitória após 2 falhanços de colegas seus no mesmo lance. Tempo ainda para o Diogo enviar a bola ao poste na marcação de um livre. Na parte final do jogo o adversário esboçou uma ténue tentativa para chegar ao empate mas o Padroense segurou bem o resultado. O Padroense não merecia acabar o jogo um pouco em sofrimento e a defender o resultado, pois tantas foram as oportunidades desperdiçadas ao longo do jogo. O resultado de 3-1 espelharia melhor a diferença de oportunidades criadas pelo Padroense.
Guarda redes: o Bruno este bem em quase todas as intervenções. Está isento de responsabilidade no golo sofrido, e tem uma intervenção na primeira de altíssimo grau de dificuldade. Após um canto e já fora da pequena área, salta num cacho de jogadores consegue socar para a frente a bola vai para os pés de um adversário que remata de primeira e este quase por instinto mergulha e bloca a bola com classe. Gosto deste GR sobretudo nas saídas aos cruzamentos. É destemido, e sabemos que é nas saídas aos cruzamentos que reside o calcanhar de Aquiles dos GR.
Defesa: as laterais com Paulinho e Branco estiveram sempre muito bem protegidas (com excepção no lance do golo). Concentração, posicionamento, rigor táctico e autoritários na disputa ombro a ombro. Ambos estiveram bem no apoio ao ataque, com particular destaque para o Paulinho, muito explosivo nas saídas para o ataque. Esteve no lance o primeiro golo. Os centrais cumpriram sem deslumbrar. O Novais no melhor e no pior. Fez um auto golo, acontece aos melhores e redimiu-se com o golo que marcou. Tentou inventar em alguns lances em zonas proibidas e num deles perde a bola infantilmente e o adversário vai a tentar isolar-se e ele vê-se obrigado a recorrer à falta, da qual não passou sem levar um amarelo (livrou-se do vermelho). Numa jogada posterior e perante um jogador que se preparava para isolar faz um corte de carrinho extremamente arriscado. Felizmente o corte foi limpinho, pois caso contrário seria o 2º amarelo. A adaptação do Mortágua ocorreu sem grandes sobressaltos, o adversário não importunou demasiado. Destacou-se nos passes longos e certeiros.
Meio campo: a pérola desta equipa. A equipa começou com o Luis Paulo, Ricardo Dias e Cardoso. Este último só teve tempo para uma ou duas das suas habituais arrancadas para se lesionar pouco passava do minuto 10. É uma das mais valias da equipa. Entrou o Diogo para o seu lugar e a equipa não se ressentiu, apesar de serem jogadores com perfis diferentes. Detentor de uma técnica muito acima da média e com baixo centro de gravidade fez a cabeça em água aos adversários directos. Então na 2ª parte e junto à bandeirola de canto tem 2 ou 3 dribles que os adversários ainda devem lá estar à procura dos respectivos rins. É importante este tipo de jogadores ganharem capacidade de choque, colocarem a sua técnica superior ao serviço do colectivo (como o fez e bem neste jogo). Para dar o salto para um patamar superior deve ganhar mais agressividade (no bom sentido), pois no golo sofrido é uma disputa sua de uma bola aérea que permite o contra ataque. O Luis Paulo fez um jogão. Tacticamente e tirando o lance do golo fez um jogo perfeito. O seu posicionamento em campo permitiu-lhe fazer imensas recuperações de bola. Bom posicionamento, bem a cortar linhas de passe e “rijinho” na disputa da bola. É “fingelinhas” mas quando disputa os lances não facilita nada. Tem bons pés.
Ao Ricardo Dias apetece-me batiza-lo de Ricardo “coração de Dragão”. Este puto tem um pulmão, só visto. Disputou quase todo o jogo com a mesma intensidade. Muito valente, assume o jogo, empurra a equipa a frente, muito forte nas segundas bolas e a segurar a bola e arrancar faltas, sobretudo nos lançamentos laterais. Fez um grande jogo.
Avançados: O Rui Santos embora algo perdulário acaba por fazer um grande jogo, um jogo à sua imagem. Faz-me lembrar o Rui Barros no seus tempos áureos, corre, corre, e dura e dura ... parece que a pilha nunca mais acaba. Fantástica atitude. O Sergio também fez um grande jogo. Merecia ter marcado, e teve ocasiões para tal. Teve 3 ou 4 arrancadas espectaculares ao longo do jogo. Acabou o jogo completamente esgotado, também pudera ... O Claro, para mim foi o elo mais fraco da equipa. Gosto muito deste jogador, velocidade, controlo de bola, facilidade nos cruzamentos. Mas não sei o que se passa, faltou-lhe alegria, atitude e raça. Parece-me desmotivado, aliás já no jogo anterior tinha ficado com essa sensação. Pode ser que esta fase menos boa passe rapidamente.
O Griné substituiu o Claro e ainda teve tempo para um ou outro desequilíbrio. O Jefferson entrou para refrescar a frente de ataque numa altura em que a equipa tentava segurar o resultado.
Jogo bem disputado sob um fim de manhã bem quente, digno de um dia abrasador de verão. O Padroense colocou em campo o último onze com uma alteração apenas. Saiu do onze inicial o Diogo para dar lugar ao Sergio. A mesma atitude e garra de sempre, numa primeira parte equilibrada com sinal mais da equipa da casa, em que adversário tentava responder como podia. O primeiro golo surge no primeiro tempo pelo PL Rui Santos, após uma subida em velocidade pelo flanco do LD Paulinho, efectua um cruzamento tenso ao primeiro poste onde surge pleno de oportunidade o Rui e com um toque subtil desvia para o golo. Houve ainda tempo para um remate à barra em livre directo frontal através de Luis Paulo e uma perdida escandalosa do Rui dentro da pequena área a cabecear por cima da barra um golo feito. Numa situação de contra-pé o Luis Filipe (o melhor do Micaelense) em que o Paulinho está subido e numa das raras vezes em que o Luis Paulo está desposicionado, o adversário entra pela sua esquerda (lado direito do Padroense) a dobra não chega a tempo do cruzamento/remate e o Novais ao tentar sacar a bola faz um auto golo. Contra a corrente e sem ter feito muito pelo golo, a equipa insular empata a partida. Estava feito o resultado até ao intervalo.
Na segunda parte, o Padroense continuou com sinal mais. Estes miúdos não baixaram os braços e foram para cima do adversário e conseguiram algumas situações de golo. O PL Rui teve duas situações claras de golo, uma de cabeça em tudo igual à da primeira parte, cabeceando por cima da barra já dentro da pequena área e outra em tudo igual ao primeiro golo que desta feita com cruzamento da esquerda por intermédio do Diogo (bom jogo) onde aparece ao primeiro poste a encostar, só que em vez de faze-lo com a parte interior do pé direito tenta encostar com a parte externa, e está claro, a bola saiu ao lado. Na fase de maior pressão e na sequência de alguns livres bombeados para a área, o Novais faz o golo da vitória após 2 falhanços de colegas seus no mesmo lance. Tempo ainda para o Diogo enviar a bola ao poste na marcação de um livre. Na parte final do jogo o adversário esboçou uma ténue tentativa para chegar ao empate mas o Padroense segurou bem o resultado. O Padroense não merecia acabar o jogo um pouco em sofrimento e a defender o resultado, pois tantas foram as oportunidades desperdiçadas ao longo do jogo. O resultado de 3-1 espelharia melhor a diferença de oportunidades criadas pelo Padroense.
Guarda redes: o Bruno este bem em quase todas as intervenções. Está isento de responsabilidade no golo sofrido, e tem uma intervenção na primeira de altíssimo grau de dificuldade. Após um canto e já fora da pequena área, salta num cacho de jogadores consegue socar para a frente a bola vai para os pés de um adversário que remata de primeira e este quase por instinto mergulha e bloca a bola com classe. Gosto deste GR sobretudo nas saídas aos cruzamentos. É destemido, e sabemos que é nas saídas aos cruzamentos que reside o calcanhar de Aquiles dos GR.
Defesa: as laterais com Paulinho e Branco estiveram sempre muito bem protegidas (com excepção no lance do golo). Concentração, posicionamento, rigor táctico e autoritários na disputa ombro a ombro. Ambos estiveram bem no apoio ao ataque, com particular destaque para o Paulinho, muito explosivo nas saídas para o ataque. Esteve no lance o primeiro golo. Os centrais cumpriram sem deslumbrar. O Novais no melhor e no pior. Fez um auto golo, acontece aos melhores e redimiu-se com o golo que marcou. Tentou inventar em alguns lances em zonas proibidas e num deles perde a bola infantilmente e o adversário vai a tentar isolar-se e ele vê-se obrigado a recorrer à falta, da qual não passou sem levar um amarelo (livrou-se do vermelho). Numa jogada posterior e perante um jogador que se preparava para isolar faz um corte de carrinho extremamente arriscado. Felizmente o corte foi limpinho, pois caso contrário seria o 2º amarelo. A adaptação do Mortágua ocorreu sem grandes sobressaltos, o adversário não importunou demasiado. Destacou-se nos passes longos e certeiros.
Meio campo: a pérola desta equipa. A equipa começou com o Luis Paulo, Ricardo Dias e Cardoso. Este último só teve tempo para uma ou duas das suas habituais arrancadas para se lesionar pouco passava do minuto 10. É uma das mais valias da equipa. Entrou o Diogo para o seu lugar e a equipa não se ressentiu, apesar de serem jogadores com perfis diferentes. Detentor de uma técnica muito acima da média e com baixo centro de gravidade fez a cabeça em água aos adversários directos. Então na 2ª parte e junto à bandeirola de canto tem 2 ou 3 dribles que os adversários ainda devem lá estar à procura dos respectivos rins. É importante este tipo de jogadores ganharem capacidade de choque, colocarem a sua técnica superior ao serviço do colectivo (como o fez e bem neste jogo). Para dar o salto para um patamar superior deve ganhar mais agressividade (no bom sentido), pois no golo sofrido é uma disputa sua de uma bola aérea que permite o contra ataque. O Luis Paulo fez um jogão. Tacticamente e tirando o lance do golo fez um jogo perfeito. O seu posicionamento em campo permitiu-lhe fazer imensas recuperações de bola. Bom posicionamento, bem a cortar linhas de passe e “rijinho” na disputa da bola. É “fingelinhas” mas quando disputa os lances não facilita nada. Tem bons pés.
Ao Ricardo Dias apetece-me batiza-lo de Ricardo “coração de Dragão”. Este puto tem um pulmão, só visto. Disputou quase todo o jogo com a mesma intensidade. Muito valente, assume o jogo, empurra a equipa a frente, muito forte nas segundas bolas e a segurar a bola e arrancar faltas, sobretudo nos lançamentos laterais. Fez um grande jogo.
Avançados: O Rui Santos embora algo perdulário acaba por fazer um grande jogo, um jogo à sua imagem. Faz-me lembrar o Rui Barros no seus tempos áureos, corre, corre, e dura e dura ... parece que a pilha nunca mais acaba. Fantástica atitude. O Sergio também fez um grande jogo. Merecia ter marcado, e teve ocasiões para tal. Teve 3 ou 4 arrancadas espectaculares ao longo do jogo. Acabou o jogo completamente esgotado, também pudera ... O Claro, para mim foi o elo mais fraco da equipa. Gosto muito deste jogador, velocidade, controlo de bola, facilidade nos cruzamentos. Mas não sei o que se passa, faltou-lhe alegria, atitude e raça. Parece-me desmotivado, aliás já no jogo anterior tinha ficado com essa sensação. Pode ser que esta fase menos boa passe rapidamente.
O Griné substituiu o Claro e ainda teve tempo para um ou outro desequilíbrio. O Jefferson entrou para refrescar a frente de ataque numa altura em que a equipa tentava segurar o resultado.
2 Comments:
Parabéns, mais um comentário de qualidade!!
Há que dar força a esta equipa, que chega a esta altura da época completamente espremida...
Com os centrais Bruno e Edu sujeitos a intervenções cirúrgicas ...
Com atletas que abandonaram o barco a meio...
Com atletas nos sub-17 e a ser decisivos...
Com atletas cansados depois torneios muito exigentes na Páscoa...
Com atletas de 15 em 15 dias com estágios na selecção nacional - o último de semana e meia, com 3 jogos pelo meio...
Com exulsões duvidosas...
Com lesões que teimam em não desaparecer (Cardoso novamente lesionado...)
A jogar sempre contra equipas mais velhas e sobretudo mais fortes fisicamente...
Enfim...Como já disse, há que dar força a estes grandes dragões!!
Sim, porque de verdadeiros dragões se trata, embora por vezes mais pareçam "dragões de segunda".
Este ultimo comentário espelha bem alguns aspectos menos conhecidos da realidade do Padroense deste ano.
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