segunda-feira, novembro 05, 2007

O Comentário de afs

Podiam estar o dia todo que não marcavam ...

FC Porto 0 – Leixões 0

O FC Porto promoveu algumas alterações no onze inicial com especial incidência na sua defesa.

GR – Rafa
Defesa – David, Ramon, Hugo e Anjo
Meio campo – Dias, Amorim e Claro
Avançados – Cardoso, Filipe e Caetano.

1ª parte: os locais iniciaram a partida no seu habitual 4x3x3, tentando impor o seu futebol de pé para pé, mas foram encontrando pela frente uma equipa muito bem organizada e com uma excelente atitude perante o jogo. A intensidade na disputa de cada bola dificultou imenso os processos de construção dos da casa.
Apesar do domínio de jogo pertencerem aos da casa, os forasteiros foram sempre muito perigosos nas transições. Apesar disso, os portistas estiveram sempre muito mais perto do golo que os matosinhenses.
Sensivelmente a meio da 1ª parte, o FC Porto muda o seu esquema táctico, passando para um 4x1x3x2, com Dias a pivot defensivo, uma linha de 3 homens (da direita para a esq.) com Amorim, Cardoso e Claro e na frente Filipe e Caetano. Mas tal alteração não produziu grandes melhorias, mantendo-se o sinal mais dos visitados mas sem conseguir grandes oportunidades de golo. Os processos ofensivos continuavam a revelar problemas, pois a bola não fluía como habitualmente, devido a alguma inépcia própria e também a algum mérito do adversário.

2ª parte: ao intervalo o Dias cede o lugar ao Sérgio Oliveira e o Cardoso ao Alex. Nos primeiros 10 minutos a equipa do Leixões apareceu surpreendente a pressionar e a jogar no meio campo portista. Dada a intensidade que o adversário colocou em jogo era expectável que houvesse uma quebra fisica a meio a 2ª parte, mas tal demorou a acontecer. Com o decorrer do tempo a supremacia dos locais foi-se acentuando, maior pressão do meio campo, alguma quebra fisica dos contrários e as subidas de rendimento de Sergio e Alex vieram permitir que até ao final do jogo, em especial nos últimos 15 minutos, se acumulassem cerca de uma dezena de jogadas de perigo eminente junto à pequena área dos leixonenses. Ora porque o último passe não saía, ora porque o remate final embatia sempre em alguém, ora por azelhice o que é certo é que o nulo se manteve até ao final, tendo o Leixões nesta segunda metade importunado muito menos o Rafa do que o fizera na primeira parte. O FC Porto fez mais que o suficiente para ter vencido pela margem minima.

O nulo castiga alguma falta de fluidez na construção de jogo e de eficácia na finalização dos da casa e premeia a excelente atitude e organização do Leixões.

Do Leixões ficou-me na retina o nº11 e o nº9, velozes, trabalhadores e personalizados com a bola no pé.

Positivo
1) Atitude na segunda parte. A equipa nunca baixou os braços apesar das coisas não estarem a sair bem.
2) Quantidade de jogadas de perigo imenente criadas.

Negativo
1) alguma intranquilidade defensiva nas bolas paradas.
2) menor dinâmica que o habitual nas transições ofensivas.
3) falta de eficácia na concretização.

Análise Individual

Rafa - sempre que chamado a intervir esteve seguro e concentrado como habitualmente. (3)

David – trabalhou muito. Errou alguns passes e perdeu algumas bolas, mas nunca se intimidou e abordou todos os lances de peito aberto. Participou muito no processo ofensivo em especial no 2º tempo. Globalmente fez um jogo positivo. (3)

Hugo – fez um bom jogo. Muito atento e concentrado, ganhou quase sempre as bolas aéreas e destacou-se no 2º tempo quando teve que jogar muitas vezes no um para um com o adversário onde raramente perdeu um lance. Excelente tempo de entrada à bola. (3+)

Ramon – menos vistoso que o seu parceiro, e embora uns furos abaixo não deixou de fazer um jogo positivo. Sentiu algumas dificuldades perante a velocidade dos adversários mas ganhou muito mais lances do que perdeu. (3)

Anjo – boa surpresa. Muito bem a defender e muito bem nos passes. Raramente colocou a bola nos pés dos adversário. Na parte final do jogo acusou um pouco a falta de ritmo. Deve participar mais nos processos ofensivos da equipa. (3)

Dias – não entrou muito esclarecido no jogo. Perdeu alguns lances no inicio da partida, mas à medida que os minutos foram passando foi subindo de produção. O seu físico ajudou a recuperar muitas bolas divididas. (2+)

Amorim – não teve inspirado. Correu, lutou, ganhou alguns duelos individuais perdeu outros, mas não esteve particularmente eficaz nos momentos das grandes decisões. Procurou remar contra a maré mas hoje não era o seu dia. Perdeu um número anormal de bolas. (2+)

Claro – jogador exímio nas transições rápidas. Foi dos que mais merecia ter marcado um golo. Rápido, dinâmico e tacticamente muito rigoroso. (3)

Cardoso – Parece estar a passar uma fase de alguma “desmotivação”. O seu futebol perde eficácia quando amarrado a uma das alas, mas nem quando jogou na posição 10 conseguiu aparecer mais em jogo. (2)

Filipe – não sei o que se passa com este miúdo. Há um Filipe antes de jogar pelos juniores e um Filipe para pior após jogar pelos juniores. Sempre foi um jogador intermitente, mas quando aparecia normalmente era para resolver. Nem nas triangulações, um dos seus pontos fortes, conseguiu estar bem. (2)

Caetano – menos decisivo que o habitual. Pareceu acusar alguma fadiga, pois a sua capacidade de explosão não conseguiu fazer os habituais estragos. Teve entrega ao jogo, assumiu o jogo como só os grandes jogadores sabem fazer, foi muitas vezes lançado em profundidade quer pela esquerda, quer pela direita, criou algumas jogadas de pânico na defesa contrária mas sem resultados práticos. (3)

Sergio Oliveira – entrou ao intervalo e o jogo da equipa ganhou outra dimensão. Demorou um pouco a sincronizar-se com a equipa, mas depois de o fazer jogou e fez jogar. É um 2 em 1, é um "carregar de piano", mas com bons pés e boa visão de jogo. (3)

Alex – não entrou bem, mas rapidamente acertou o passo e foi subindo de produção com o passar dos minutos, acabando por ser responsável por grande parte dos desequilíbrios na parte final do desafio. Não percebo porque tem jogado tão pouco. (3)

Serginho – entrou para o lugar do Filipe, mas nunca conseguiu fazer uso da sua velocidade. (1)

MVP – Hugo, pela regularidade ao longo do jogo.

afs

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Parabéns "afs".
Independentemente se concordamos ou não, o comentário mostra que percebes da matéria e sobretudo, para além da tua opinião, falas somente de futebol. Assim, sim!

6:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A falta de capacidade para a defesa sair com a bola controlada e apoiar o ataque foi demasiado flagrante.
mesmo com a mudança de sistema a equipa nao conseguiu fazer transições minimamente aceitaveis foi dificil assistir.

6:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

e mesmo a acabar o jogo o extremo dto do leixoes, Ricardo, entrou pela sua faixa direita como em manteiga e rematou com o pé esquerdo com pouca força e por isso nao marcou

6:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"a meio da 1ª parte, o FC Porto muda o seu esquema táctico, passando para um 4x1x3x2

tal alteração não produziu grandes melhorias

a bola não fluía como habitualmente

O nulo castiga alguma falta de fluidez na construção de jogo e de eficácia na finalização dos da casa e premeia a excelente atitude e organização do Leixões

Negativo
1) alguma intranquilidade defensiva nas bolas paradas.
2) menor dinâmica que o habitual nas transições ofensivas.
3) falta de eficácia na concretização."

Esperavas o que^com 4 alterações na defesa e meio campo defensivo.

10:14 da tarde  

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